Condenados a 30 anos de prisão pais que torturavam filho em Itu

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Na última quarta-feira (03), a justiça condenou a 30 anos de prisão o casal Maria Angélica Gomes, 29 anos e Juliano Borges, 33, por maus-tratos e tortura contra o próprio filho, na época com 11 anos de idade. O caso aconteceu em maio de 2022. O menino franzino relatou as sessões de agressões que ele passava para um vizinho que resolveu gravar um vídeo com o depoimento do menor. Ele chegou a dizer que era levado para uma área rural, antiga Babilônia que fica as margens da Rodovia Waldomiro Corrêa de Camargo (SP-79) e lá recebia socos, chutes, puxões de cabelo e até fluído de bateria era despejado em sua cabeça. Vizinhos perceberam hematomas pelo corpo da criança, mas ele, com medo, escondia que era agredido. O menor chegou a perder parte do couro cabeludo. Prova disso, envergonhado, ele sempre estava de boné. Certa vez, ele pegou R$ 2,00 que havia encontrado em casa para comprar pão de queijo para amenizar sua fome já que ele não podia comer comida tampouco abrir a geladeira. Motivo esse que fez Juliano tentar cortar os dedos da mão do menor. Com a repercussão, o material viralizou nas redes sociais, imprensa local e nos principais veículos de comunicação do país. Na ocasião, o jornalista Rick Caetano acompanhou a equipe de reportagem do Cidade Alerta e Balanço Geral para o caso ganhar proporção em rede nacional a fim do casal que havia fugido com um filho de 3 anos, fosse preso. E foi o que aconteceu: no dia 10 de maio de 2022, Angélica e Juliano foram presos depois de serem encontrados em Uberlândia, interior de Minas Gerais. Eles estavam escondidos na casa de um amigo. Angélica era reincidente. Ela havia sido presa acusada de matar um filho de 1 ano, em julho de 2013 em uma casa no Portal do Éden. Na época, a criança foi levada em estado grave para o Pronto Atendimento Médico (PAM), da Vila Martins e não resistiu. Ela disse aos profissionais que o menino tinha engasgado com leite, mas os exames não mostraram o alimento no sangue do bebê. A mulher ficou na penitenciária de Votorantim e precisou de proteção (seguro), pois as detentas não aceitaram sua chegada e disseram que se ela fosse colocada na cela com as demais, seria espancada até a morte. Sem ter provas que a incriminassem, a justiça decidiu arquivar o processo e ela foi solta. Com o passar dos tempos a mesma história voltou a se repetir, só que com o filho de 11 anos, que na ocasião tinha 2 anos. “Ficamos entristecidos com cada depoimento que a gente ouvia. Uma criança passar por tudo que passou e estar vivo foi realmente um milagre. Ninguém merece passar por isso”, diz Rick Caetano acompanhado da repórter Bianca Casadei, Rede Record.
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PRISÃO
Após o caso vir a tona em rede nacional, o 17º Batalhão da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais montou uma força tarefa, com o serviço de inteligência da corporação para capturá-los, e conseguiram. Todo o trabalho da imprensa, dos policiais, da sociedade como um todo de vê-los presos e condenados, não foi em vão. A justiça acatou o clamor do Brasil inteiro. Que esse caso sirva de lição para quem coloca filhos no mundo para maltratar. O mesmo para filhos covardes que agridem seus pais. A justiça tarda mais não falha!
📷 Divulgação/Redes Sociais
📝Rick Caetano