Brasil, Argentina, México, Índia e China: EUA cobrará taxa de U$$ 250 de turistas

Decidido! Os Estados Unidos cobrará, a partir do dia 1º de outubro, uma nova taxa obrigatória de US$ 250 (cerca de R$ 1.325,00 na cotação atual). A tarifa extra será para estrangeiros que solicitarem vistos de não imigrante, como os de turismo (B2), negócios (B1), estudo (F), intercâmbio (J) e trabalho temporário, conforme apuração publicada na CNN. A cobrança, chamada de “taxa de integridade de visto”, faz parte do projeto legislativo One Big Beautiful Bill Act, defendido pelo presidente Donald Trump, e deve elevar o custo total para obtenção de um visto de entrada nos EUA para US$ 442 - uma das tarifas mais altas do mundo para visitantes, segundo a U.S. Travel Association. A medida afeta especialmente viajantes de países que não possuem isenção de visto para os Estados Unidos, como Brasil, México, Argentina, Índia e China, e pode trazer impacto direto no setor de turismo.  “Qualquer atrito que acrescentarmos à experiência do viajante reduzirá o volume de viagens em alguma proporção”, afirmou Gabe Rizzi, presidente da Altour, empresa global de gerenciamento de viagens. O setor de viagens já registra queda no número de visitantes estrangeiros que escolhem o país norte-americano. Segundo o World Travel & Tourism Council, os gastos de turistas internacionais nos EUA devem cair para menos de US$ 169 bilhões este ano, contra US$ 181 bilhões em 2024. A nova taxa reforça a imagem de maior rigidez nas políticas de imigração do governo Trump, que já havia sinalizado outras mudanças, como a limitação da duração de vistos para estudantes e intercambistas.  No início de agosto, a administração também propôs um programa piloto que pode cobrar até US$ 15 mil para determinados tipos de vistos de turismo e negócios, em uma tentativa de reduzir o número de pessoas que permanecem no país após o vencimento de suas autorizações. Apesar da expectativa de grandes eventos como a Copa do Mundo da FIFA em 2026 e as Olimpíadas de Los Angeles em 2028, o aumento de custos e as restrições podem reduzir o interesse de estrangeiros em visitar o país nos próximos anos.  

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